7 de novembro de 2013

RESENHA: O JOGO DA MORTE - Ursula Poznanski (Ed. Galera Record)



Oi, gente!

Hoje vou falar de um Thriller (?) lançado pela GALERA RECORD: O JOGO DA MORTE, da URSULA PZNANSKI.
  



Erebos - Jogo da MorteSINOPSE: Um misterioso jogo de computador se torna sensação entre os alunos de uma escola londrina. Mas as regras são extremamente rígidas. Cada pessoa tem apenas uma oportunidade e deve jogar sempre sozinha, não comentando com ninguém. Quem viola essas instruções ou deixa de cumprir suas missões é eliminado e não pode iniciar outro jogo. O mais estranho, no entanto, é que as missões são realizadas não no mundo virtual, e sim no real. Ficção e realidade se confundem de maneira intrigante neste thriller, best seller na Alemanha. 






Fala sério, vocês acham que existe como uma apaixonada por livros de suspense como eu, não entrar em desespero para ler O JOGO DA MORTE? Entrei num frenesi tão grande por conta dessa incrível sinopse que perturbei a Manu (da Galera) por dias para saber sobre o lançamento do livro. Ontem, toda empolgada, fui ler, e... Que decepção!

A ideia do livro é simplesmente fantástica e absurdamente criativa. Um jogo de computador que atinge as pessoas no mundo real parece ser coisa de outro mundo, mas o começo e o desenvolver da história são marcados pelo constante tédio.

No começo Nick, o protagonista, fica tentando descobrir o que existe no tal DVD que o pessoal de sua escola anda trocando. Ele está doido por uma cópia e quer desesperadamente entrar no jogo. Já esse comecinho cansa. Nick é um protagonista sem sal, sem charme algum, não é bem desenvolvido, é como se ele fosse só mais um aluno de uma escola. A autora parece não conhecer os pronomes ELE e DELE, para se referir ao garoto, pois temos “trocentos” parágrafos começando com NICK isso, NICK aquilo, e, não bastando, o nome do personagem se repete mil vezes dentro de cada parágrafo. A sensação é de ler um livro para crianças, em que a todo tempo precisa-se evidenciar o protagonista ou a quem pertence à fala.

Mas, o ponto mais desesperador do livro foi a descrição do jogo. Simplesmente não foi para mim. ODEIO esses jogos de computador, então, ter dezenas de páginas contando como eram os bonequinhos, mostrando que você poderia escolher o sexo, o povo, a armadura, a roupa, os poderes, e descrevendo como era cada um desses itens, causou-me extrema irritação. Tive a sensação de estar ao lado do meu namorado quando ele joga Dota 2, Tíbia, ou qualquer um desses jogos de computadores. Não suficiente a descrição de cada bonequinho, ficamos sabendo de todas as funções: o botão que pula, sobe, escala, etc. E, se isso já não fosse suficiente, a autora explora as telas do jogo: a floresta, o campo de batalha, a cidade branca, a torre... OMG!

Queria tanto ler o livro para ver ele entrar no contexto do suspense, mas isso parecia não acontecer jamais. Claro que existem coisas interessantes sobre o jogo, como o fato de ele conhecer a vida pessoal de cada um que lá adentra, de saber as fraquezas desses jogadores e o que eles são capazes de fazer, mas essas partes boas ficam relevadas a um segundo plano, já que URSULA pareceu preferir focar em como era o jogo (acho que ela deve desenvolver jogos, porque as descrições eram demasiadas e com todos os possíveis e impossíveis detalhes).

Quando o jogo começa finalmente atingir o mundo real de forma mais “pesada” a sensação é de “agora vai”, mas não, continua numa enrolação completa sobre o jogo. Apenas nas últimas 100, 150 páginas é que vamos nos surpreendendo com o desenvolver do enredo, que vamos descobrindo as razões de o jogo existir, o que aconteceu por trás do desenvolvedor do EREBOS (nome do jogo), e qual era seu verdadeiro plano.

Confesso que por muitas vezes pensei em abandonar O JOGO DA MORTE, mas queria muito saber como o jogo obtinha as informações pessoais. Não fiquei totalmente convencida com as explicações, mas, ainda sim, foi o que salvou o final do livro e que me fez ter a sensação de que no fim a leitura valeu à pena. Mas, infelizmente, foi só isso, o fim.  Num livro de 400 páginas, achar apenas 100 interessante é bastante triste.


Apesar de ter gostado do final, tenho que avaliar o livro como um todo, e não posso deixar de lado o tédio que a leitura me causou na maior parte, por isso, dei apenas 2 estrelas para o livro. Porém, faço uma ressalva: quem gosta de jogos de computador, tenho certeza que vai AMAR O JOGO DA MORTE. Se meu namorado tivesse lido, certeza que teria falado que o livro era muito louco e que ele tinha adorado. Portanto, recomendo a leitura para esse público. Quem, assim como eu, não é fã desses joguinhos, vai sentir que as passagens são um tanto bobocas e desnecessárias, já que aparecem de forma exagerada.


FICHA DO LIVRO

O JOGO DA MORTE
URSULA POZNANSKI
Editora: GALERA               
Ano: 2013
Nº págs: 404
Gênero: Thriller

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4 comentários:

  1. Fiquei em dúvida sobre o livro rs...
    Mas acho que seria da sua opinião: talvez não me empolgasse tanto. Embora eu confesse que a sinopse é tentadora.
    Beijos

    Meu Meio Devaneio

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  2. Apesar de gostar de suspenses, eu já não leria porque não gosto muito de ver o mundo da computação envolvido em livros. Então...

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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  3. Sinceramente, me parece uma versão muito fraquinha do livro 'Jogador Nº 1'. Não sei se leria porque fiquei em dúvida com relação ao desenvolvimento da história, porém a parte dos jogos eu gosto bastante, já que sempre fiz parte do time dos gamers. rsrs Quem sabe um dia...
    Beijos,
    Isabelle | http://www.mundodoslivros.com/

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  4. Eu gostei muito do livro. Tecnicamente, ele despertou novamente meu gosto por rpg, o Erebos me lembra muito Perfect World e World of Warcraf... Eu não recomendaria esse livro para quem está procurando um SUSPENSE. E sim para quem gosta de jogos de pc.

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